felizes para sempre

Sempre gostei de histórias com finais trágicos, Romeu e Julieta é um clássico exemplo. Histórias com finais felizes não me parecem nem um pouco reais. Eu não acredito em felizes para sempre, porque na vida real nenhum final é feliz. Existem começos felizes, meios felizes, momentos felizes, até mesmo anos e décadas felizes; mas nenhum final é feliz. Mesmo que uma pessoa esteja feliz no seu leito de morte, ela com certeza seria mais feliz se não estivesse morrendo. Relacionamentos, mesmo quando terminam para deixar a vida de um dos dois (ou dos dois) melhor, deixam memórias que tornam aquele final infeliz – nem que seja por pouco tempo, nem que seja bem pouquinho. 
Na vida real, não vai aparecer um príncipe num cavalo branco para salvar uma donzela desmaiada numa floresta; muito menos, um caçador conseguirá abrir a barriga de um lobo e encontrar uma vovó viva e intacta. Então, por que as histórias precisam de finais felizes? Para nos dar a ilusão de que podemos encontrar a famosa felicidade? Ou para esfregar nas nossas caras que nunca alcançaremos a felicidade eterna que seus personagens têm? Acredito que histórias com finais felizes são, não só ilusionistas, como cruéis – porque fazem milhares de pessoas acreditarem que podem ser felizes no final.

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